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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Preocupações

Após duas semanas sobre o início do trabalho no GAIVA, posso dizer que temos recebido algumas ofertas de emprego bem como informações sobre a realização de seminários e workshpos temáticos. Neste sentido, obtivemos resposta de um ou outro estudante que se interessou pelas ofertas referidas.
Embora, tenham chegado propostas interessantes ao nosso gabinete, continuo a preocupar-me com este problema económico conjuntural em que o mundo está mergulhado, assim como com o problema estrutural que Portugal atravessa (para agravar esta situação, já se está a prever um ano de 2011 muito complicado).
Isto porque vou lendo, diariamente nos jornais, notícias de situações de destruição de empregos que ocorrem em maior número do que a criação de empregos. Por isso se fala no aumento das exportações e na formação para a criação do próprio emprego como forma de dar solução a alguns dos problemas presentes.
A questão que coloco a mim mesmo é a seguinte: se se pretende estimular a criação do próprio emprego, como irão sobreviver estas PME (porque é isso que elas serão inicialmente) se o povo não tem dinheiro para consumir os produtos criados? Poderia o incentivo do Estado às PME desencadear um efeito de bola de neve na economia portuguesa? Ou seja, mais PME levariam à contratação de mais empregados que estariam no desemprego. Logo, estes tendo um rendimento económico (por mais baixo que fosse sempre seria melhor que nada receber) estariam também mais habilitados a consumir.
Mas a outra questão que coloco é esta: consumir o quê? O que irão consumir pessoas que têm rendimentos baixos? Produtos tecnológicos? Ou produtos de necessidade básica?
Julgo que estes últimos seriam os mais importantes para uma população com rendimentos baixos.
Então que tipo de produtos devem ser fabricados pelas PME? Alimentação? Vestuário? E a concorrência das grandes superfícies comerciais não iria aniquilar estas PME tal como já acontece?
O que devem produzir as PME?
O leitor deverá, neste momento, pensar que sou um entendido nesta matéria, mas disto pouco percebo. Apenas penso nestas questões...
Mas julgo que, para incentivar a criação do próprio emprego, o Estado deveria estimular muito mais o surgimento das PME e, com isso, retirar algum poder às empresas privadas que detêm o poder quase absoluto (ou total) de determinadas áreas económicas. 
Enquanto vivermos nesta situação, encontrar emprego para quem não tem, será uma tarefa gigantesca. 

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