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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Motivação Profissional

Nas últimas semanas, tenho recebido no GAIVA uma série de emails sobre seminários e workshops temáticos. O objectivo é fazer a divulgação destes junto da comunidade estudantil, reenviando-lhes os respectivos emails ou, então, colocar esta informação num powerpoint, de modo a que este seja visualizado numa televisão que se encontra colocada perto da secretaria. 
Embora, para já, não tenha feedback por parte dos estudantes acerca da importância e necessidade destas formações,  pelo que me vou apercebendo, parece-me que alguns estudantes revelam enormes dificuldades em dominar algumas áreas, entre elas as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
Verdade seja dita que também é preciso que as queriam dominar. E nesse aspecto, julgo (senso comum) que não tenho visto grande entusiasmo nos estudantes.
Algumas pessoas preocupam-se demasiado em decorar conceitos em vez de os tentar compreender. E isto tanto serve para as TIC como para qualquer outra área.
Falta entusiasmo em aprender ou será que é o receio de fracassar que bloqueia as pessoas da verdadeira essência da aprendizagem?
Há uns dias atrás, numa conversa com o meu irmão (ele é enfermeiro), ele mencionou que uma colega dele, também enfermeira, havia decidido estudar medicina. Logo o meu irmão prontificou-se a afirmar que assim ela iria ganhar mais.
A questão que eu logo me coloquei foi:
devo pensar que ela foi para medicina por ela sentir que ali está a sua verdadeira vocação?
ou devo pensar, como o meu irmão, que ela apenas foi à procura de ganhar mais?
Sinceramente, não sei qual destas opções é a mais real.
Contudo, estas opções (por paixão à profissão ou por paixão ao rendimento económico) ocorrem em todas as áreas profissionais que conhecemos (ou, pelo menos, em quase todas). 
Acredito que o sucesso profissional, seja em que área for, advém de dois factores extremamente importantes: capacidade e motivação, ambos de forma conjugada.
Podemos ter capacidade para algo, mas se não tivermos motivação, dificilmente alcançaremos o sucesso.
Se tivermos motivação, também é importante que tenhamos capacidade para a execução.
De qualquer modo, entendo que com motivação máxima, apesar de poder existir menor capacidade, estaremos sempre mais perto do sucesso.
Por isso, e para finalizar, onde pretendo chegar com todo este blá blá blá?
Num contexto actual de crise (social, económica e financeira) e de enorme concorrência externa, questiono-me sobre qual será o motivo de as pessoas virem para o ensino superior?
Vêm com o intuito de adquirir novos conhecimentos (autorealização) ou vêm para conseguirem manter-se à tona nesta sociedade concorrencial (necessidade)?
E Eu? Porque vim estudar ao fim de 16 anos de trabalho numa fábrica?
Vim pelos dois motivos supramencionados: autorealização e necessidade.
E não vejo mal algum em conjugar estes dois factores. 
Fico muito mais preocupado quando o fazemos apenas por necessidade. E se o fazemos por este motivo, então seremos maus profissionais quase de certeza.
Salvaguardando que, segundo Karl Popper, a certeza não é igual à verdade e a verdade é sempre algo conjectural. Andamos sempre à procura dela.

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